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Mostrando postagens de 2013

Infinito (Larissa Rocha)

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Após concluir a leitura de   A culpa é das estrelas  (John Green), fiquei refletindo sobre o amor e sua suposta eternidade. Não sou a pessoa mais qualificada para fazer uma resenha crítica sobre o livro (se bem que eu gostaria muito de fazê-la) mas, se me perguntassem eu diria simplesmente "arrebatador"; O assunto principal desse post é que acabei tecendo alguns versos que na verdade são uma homenagem e eu gostaria de compartilhá-los. "Alguns infinitos são maiores que outros." (Green) (fonte da imagem http://www.intrinseca.com.br/blogdasseries/2012/07/fan-arts-de-a-culpa-e-das-estrelas/) Se teu olhar é suficiente para me deixar extasiada, Vem amor, não façamos promessa alguma Olhe bem fundo nos meus olhos... não diga nada Deixe apenas eu unir minha boca a tua. Os infinitos são sempre tão ambiciosos... Não caia nessa tentação, nessa vaidade, Só me ofereça esses lábios fervorosos, Que um beijo apaixonado dura uma eternidade! Faça

Para quê?! (Florbela Espanca)

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Tudo é vaidade neste mundo vão… Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada! E mal desponta em nós a madrugada, Vem logo a noite encher o coração!  Até o amor nos mente, essa canção Que o nosso peito ri à gargalhada, Flor que é nascida e logo desfolhada, Pétalas que se pisam pelo chão!…  Beijos de amor! Pra quê?! … Tristes vaidades! Sonhos que logo são realidades, Que nos deixam a alma como morta!  Só neles acredita quem é louca! Beijos de amor que vão de boca em boca, Como pobres que vão de porta em porta!…

Nos meus olhos (Larissa Rocha)

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Todo vez que meus olhos encontram tua face Num breve instante, a tua no meio da multidão, Vem uma dor, não sei de onde, no meu encalce E sinto um aperto forte no coração Esse aperto eu conheço bem, é a saudade De um romance rápido como um trovão Que deixou só a vontade De um amor que foi só minha ilusão Nos meus olhos eu tento te falar Aquilo que me falta coragem pra dizer A paixão que não posso mais esconder A vontade que eu tenho de te amar... A dor nos meus olhos, qualquer um pode ver Apenas tu não podes e me deixas assim a sofrer! Flor Bela Rocha  mais poemas meus  aqui

Querer e precisar (Larissa Rocha)

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O que quero e o que preciso Quase nunca coincidem Às vezes o coração fica indeciso E duas vontades colidem Preciso do que me faz bem, É assim que tudo acontece Mas estou sempre a querer algo além Daquilo que a vida me oferece. Flor Bela Rocha. Mais poemas meus  aqui

A ausente (Vinicius de Moraes)

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Amiga, infinitamente amiga Em algum lugar teu coração bate por mim Em algum lugar teus olhos se fecham à ideia dos meus. Em algum lugar tuas mãos se crispam, teus seios Se enchem de leite, tu desfaleces e caminhas Como que cega ao meu encontro... Amiga, última doçura A tranquilidade suavizou a minha pele E os meus cabelos. Só meu ventre Te espera, cheio de raízes e de sombras. Vem, amiga Minha nudez é absoluta Meus olhos são espelhos para o teu desejo E meu peito é tábua de suplícios Vem. Meus músculos estão doces para os teus dentes E áspera é minha barba. Vem mergulhar em mim Como no mar, vem nadar em mim como no mar Vem te afogar em mim, amiga minha Em mim como no mar... Uma pequena homenagem ao centenário de Vinicius de Moraes, mais informações no site  http://www.viniciusdemoraes.com.br/pt-br  

Ao luar (Augusto dos Anjos)

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Quando, à noite, o Infinito se levanta  A luz do luar, pelos caminhos quedos  Minha táctil intensidade é tanta  Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!  Quebro a custódia dos sentidos tredos  E a minha mão, dona, por fim, de quanta  Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,  Todas as coisas íntimas suplanta!  Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado,  Nos paroxismos da hiperestesia,  O Infinitésimo e o Indeterminado...  Transponho ousadamente o átomo rude  E, transmudado em rutilância fria,  Encho o Espaço com a minha plenitude! 

Meu coração (Larissa Rocha)

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Meu coração é como um quarto abafado Onde há muito tempo ninguém entra O mesmo velho perfume impregnado Onde a dor sempre se concentra Mas de repente alguém abre uma janela Deixa a brisa fresca renovar o ar Deixa entrar a luz de uma manhã bela Então pude novamente respirar Alguém que trouxe de volta a esperança Levou embora o a triste lembrança Esse alguém talvez seja Ele... Alguém que trouxe de volta a poesia E me mostrou como aproveitar o dia Esse alguém só pode ser Ele! Flor Bela Rocha mais poemas meus  aqui

Aos ombros dele (Larissa Rocha)

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Nunca me canso de olhar admirada As curvas tênues dos ombros dele, O tom claro da sua pele, Visão que me deixa hipnotizada  É então que os desejos me consomem Quando ele despe a camisa, e com o peito desnudo Sou capaz de entregar-me em tudo Aos músculos fortes dos ombros desse homem. E o desejo tanto  que quase não resisto À tentação de beijar essa fina película Seguir com os lábios a linha da clavícula Até o esterno, onde repousa uma medalha do cristo! Flor Bela Rocha.

Vozes de um túmulo (Augusto dos anjos)

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Morri! E a Terra - a mãe comum - o brilho  Destes meus olhos apagou!... Assim  Tântalo, aos reais convivas, num festim,  Serviu as carnes do seu próprio filho!  Por que para este cemitério vim?!  Por quê?! Antes da vida o angusto trilho  Palmilhasse, do que este que palmilho  E que me assombra, porque não tem fim!  No ardor do sonho que o fronema exalta  Construí de orgulho ênea pirâmide alta,  Hoje, porém, que se desmoronou  A pirâmide real do meu orgulho,  Hoje que apenas sou matéria e entulho  Tenho consciência de que nada sou!  A efemeridade do ser humano por Augusto dos Anjos:  Nos versos acima fica clara a visão do poeta sobre a sociedade e sobre si mesmo, o "poeta do horrível" nos brinda mais uma vez com sua linguagem ácida e cheia de escárnio. No soneto Vozes de um túmulo são expostas as fraquezas humanas " Construí de orgulho ênea pirâmide alta" em contraposição com o fatalismo da morte e a incapacidade de alcança

Poema (Mário Cesariny)

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Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco conheço tão bem o teu corpo sonhei tanto a tua figura que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura e bebo a água e sorvo o ar que te atravessou a cintura tanto tão perto tão real que o meu corpo se transfigura e toca o seu próprio elemento num corpo que já não é seu num rio que desapareceu onde um braço teu me procura Em todas as ruas te encontro em todas as ruas te perco

Minha crença (Larissa Rocha)

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“Eu sou teu deus”, ele me disse certa vez, Com um ar mais arrogante que bendito E a verdade é que eu o adoro, Ele é meu deus e é o único no qual acredito. E foi assim que passei a crer nesse deus Forte e onipotente, cálido e sensual, Rogo-lhe para levar-me ao paraíso Divino com gosto de pecado original Sagrada seja a luz daqueles olhos! Ele é meu maior pecado, e única salvação Minha perdição é em seus beijos e abraços E amá-lo tanto é minha vocação.   Mais poemas meus  aqui

Sem remédio (Florbela Espanca)

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Aqueles que me têm muito amor  Não sabem o que sinto e o que sou...  Não sabem que passou, um dia, a Dor  À minha porta e, nesse dia, entrou.  E é desde então que eu sinto este pavor,  Este frio que anda em mim, e que gelou  O que de bom me deu Nosso Senhor!  Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!  Sinto os passos de Dor, essa cadência  Que é já tortura infinda, que é demência!  Que é já vontade doida de gritar!  E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,  A mesma angústia funda, sem remédio,  Andando atrás de mim, sem me largar! 

Versos do dia

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Música: Espumas ao Vento Composição: Acioly Neto (1997)              "De uma coisa fique certa,amor A porta vai estar sempre aberta,amor O meu olhar vai dar uma festa,amor Na hora que você chegar"                                                                                          

Contigo aprendi coisas tão simples (Ruy Belo)

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Contigo aprendi coisas tão simples como a forma de convívio com o meu cabelo ralo e a diversa cor que há nos olhos das pessoas Só tu me acompanhastes súbitos momentos quando tudo ruía ao meu redor e me sentia só e no cabo do mundo Contigo fui cruel no dia a dia mais que mulher tu és já a minha única viúva Não posso dar-te mais do te dou este molhado olhar de homem que morre e se comove ao ver-te assim presente tão subitamente

Não importa (Larissa Rocha)

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Não importa quanto tempo leve Quantas vidas eu tenha que viver De quantos sonhos tenha que abrir mão... Faria o que fosse preciso fazer Não importa quantos versos eu escreva Nunca bastaria pra te falar do meu amor. Mesmo se eu sofrer, mesmo se chorar, Pra estar contigo, farei o que preciso for. Saiba que também a distância não importa No meu pensamento posso te alcançar E toda vez que estiveres triste, Terás meu abraço pra te acalmar! Mais poemas meus  aqui

Maio (Larissa Rocha)

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Maio já se vai quase todo Nada é como era no início do mês Sinto o peito carregado Por várias emoções de uma só vez Muita coisa mudou, acho que até eu mudei. Apesar de temer o futuro Ainda sonho e sinto como sempre, A esperança é meu lugar seguro De repente uma tristeza sem explicação... É forte o sabor da despedida Seja lá isso bom ou ruim Maio foi o mês que mudou minha vida!

O corpo não espera (Jorge de Sena)

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O corpo não espera. Não. Por nós  ou pelo amor. Este pousar de mãos,  tão reticente e que interroga a sós  a tépida secura acetinada,  a que palpita por adivinhada  em solitários movimentos vãos;  este pousar em que não estamos nós,  mas uma sêde, uma memória, tudo  o que sabemos de tocar desnudo  o corpo que não espera; este pousar  que não conhece, nada vê, nem nada  ousa temer no seu temor agudo...  Tem tanta pressa o corpo! E já passou,  quando um de nós ou quando o amor chegou.

Versos do dia

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Poema: Beijo Poeta: Jorge de Sena

De que me rio eu? Eu rio horas e horas (António Patrício)

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De que me rio eu?... Eu rio horas e horas  só para me esquecer, para me não sentir.  Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;  passo a vida febril inquietantemente a rir.  Eu rio porque tenho medo, um terror vago  de me sentir a sós e de me interrogar;  rio pra não ouvir a voz do mar pressago  nem a das coisas mudas a chorar.  Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim  o mistério de tudo o que me cerca  e a dor de não saber porque vivo assim. Quem vê teu riso, não imagina a dor que se esconde atrás dele! Rir para não chorar... Quem nunca?! Todos usam máscaras para esconder os verdadeiros sentimentos mas é bom as vezes chorar pois só assim descobrimos que, como diria Sérgio Jockyman, " O   riso diário é bom, o  riso habitual é insosso e o riso constante é insano".

Versos do dia

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É assim... e tu bem sabes. Poema: O teu riso Autor: Pablo Neruda

Vai-te, Poesia! (José Gomes Ferreira)

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Vai-te, Poesia!  Deixa-me ver a vida  exacta e intolerável  neste planeta feito de carne humana a chorar  onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos  com bandeiras de lume nos olhos,  para fabricar sonhos  carregados de dinamite de lágrimas.  Vai-te, Poesia!  Não quero cantar.  Quero gritar!

Perdidamente Florbela

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"E as minhas mãos, uns pálidos veludos, traçam gestos de sonhos pelo ar..." Eu assisti à minissérie "Perdidamente Florbela" que é uma biografia da maravilhosa poetisa Florbela Espanca, esta é a história de uma mulher "apaixonada e que apaixonou" e me deixou, sem dúvidas, ainda mais apaixonada por esse grande nome da poesia portuguesa!  Um retrato da vida íntima de Florbela, com todos seus escândalos e paixões, eis aí uma mulher que viveu intensamente e com uma sede de amar. Seu sofrimento e seus conflitos internos, assim como todas as polêmicas que ainda cercam sua vida foram contadas de uma forma belíssima, e só poderia ser . Com direção de Vicente Alves do ó e estrelando Dalila Carmo no papel de Florbela, quem quiser conferir já está disponível no youtube a minissérie em três partes:   aqui Eu (Florbela Espanca) Eu sou a que no mundo anda perdida,  Eu sou a que na vida não tem norte,  Sou a irmã do Sonho, e desta sorte  Sou

Chove! (José Gomes Ferreira)

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Chove...  Mas isso que importa!,  se estou aqui abrigado nesta porta  a ouvir a chuva que cai do céu  uma melodia de silêncio  que ninguém mais ouve  senão eu?  Chove...  Mas é do destino  de quem ama  ouvir um violino  até na lama. 

Versos do dia

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Poeta: Vinícius de Moraes 

Eu sei (Larissa Rocha)

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"Eu sei e você sabe Que a distância não existe Que todo grande amor Só é bem grande se for triste" (Vinicius de moraes)  Eu sei, tudo que dissestes é verdade Por mais que doa, e dói...  Eu sei, Era hora de encarar nossa dura realidade Mas também é verdade tudo que te falei. Tuas palavras continuam em minha mente Passam como um filme na minha cabeça E eu assistia a tudo passivamente... Nada fará com que eu esqueça. Aquilo doeu, e tua ausência ainda dói É um vazio que nunca será preenchido, A saudade lentamente me destrói, Faz-me desejar nunca ter te conhecido! Mas então não saberia o que sei agora Que amar às vezes é deixar partir, Tua maior prova de amor foi ir embora Eu sei, amor... E tudo isso por causa de ti! Mais poemas meus  aqui

Versos do dia

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Poema: Levai-me por piedade onde a vertigem Poeta: Gustavo Adolfo Bécquer

Os versos que te beijam (Larissa Rocha)

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Eis o que mais me entristece: Amo-te tanto e nunca te beijei! Ainda guardo em meus lábios Todos os beijos que não te dei Por isso ainda te mando versos Como quem manda beijos Para que eles te alcancem suaves E deixem claros meus desejos Minhas palavras viajam muito Só para beijar-te a boca Este é meu único intuito. São palavras sem muita importância, Mas aceita estes versos meus Que te beijam à distância! Mais poemas meus:  clique aqui

Volta pra mim (Larissa Rocha)

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Volta pra mim, amor... Sinto tanta saudade! Talvez não passe de um sonho intangível Mas não quero viver nessa realidade Sem ti, viver já se tornou impossível! Se ainda resta algo do nosso amor Volta... Não consigo te esquecer. Ainda te amo... Volta, por favor! Tu bem sabes que não quero te perder Tenho ainda algumas coisas para te falar Do nosso amor eu nunca desisti, Essa distancia não pode acabar Com o amor que sinto por ti Eu não me acostumo com a tua ausência Por isso ainda te espero e te procuro Simplesmente tu és já minha essência Só quero fazer parte do teu futuro Ainda te quero de qualquer jeito As coisas não precisam ser assim Sei que nada mais será perfeito Não importa como, apenas volta pra mim! Mais poemas meus  aqui

Meu maior martírio (Larissa Rocha)

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Meu maior martírio é não saber Quando ou se tu voltarás um dia É isso que enche minhas noites De uma insuportável agonia A angústia que castiga meu peito É quando a noite chega, mas tu não. É quando dá a nossa hora E ela só traz frio e solidão Perdoa, mas não consigo conter o choro. As constelações, mal posso esperar para vê-las Pois meu único consolo é ver O brilho dos teus olhos na luz das estrelas. Mais poemas meus  aqui

A louca (Larissa Rocha)

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Para Marcelo Desde o dia que te vi partir Ando feito louca na rua Vivo quase sem existir E tudo isso é culpa tua! Enlouqueci ainda na flor da idade Sei que não foi tua intenção me magoar Mas me diz como manter a sanidade Se não posso mais te amar? Ando com a alma atormentada E ainda escuto tua voz na minha cabeça Não me deixes aqui abandonada Se não queres que eu enlouqueça Passo o dia encolhida pelos cantos E ouço dizer: “pobrezinha, enlouqueceu!” Quando os outros me veem aos prantos Entre soluços a chamar o nome teu Lagrimas inundam os olhos meus Quando sozinha na escuridão Lembro-me do teu último “adeus” Aquele que me fez perder a razão ! "Ai, a rua escura, o vento frio Esta saudade, este vazio Esta vontade de chorar Ai, tua distância tão amiga Esta ternura tão antiga E o desencanto de esperar Sim, eu não te amo porque quero Ai, se eu pudesse esqueceria! Vivo e vivo só porque te espero Ai, esta amargura, esta agonia"