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Mostrando postagens de maio, 2013

Maio (Larissa Rocha)

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Maio já se vai quase todo Nada é como era no início do mês Sinto o peito carregado Por várias emoções de uma só vez Muita coisa mudou, acho que até eu mudei. Apesar de temer o futuro Ainda sonho e sinto como sempre, A esperança é meu lugar seguro De repente uma tristeza sem explicação... É forte o sabor da despedida Seja lá isso bom ou ruim Maio foi o mês que mudou minha vida!

O corpo não espera (Jorge de Sena)

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O corpo não espera. Não. Por nós  ou pelo amor. Este pousar de mãos,  tão reticente e que interroga a sós  a tépida secura acetinada,  a que palpita por adivinhada  em solitários movimentos vãos;  este pousar em que não estamos nós,  mas uma sêde, uma memória, tudo  o que sabemos de tocar desnudo  o corpo que não espera; este pousar  que não conhece, nada vê, nem nada  ousa temer no seu temor agudo...  Tem tanta pressa o corpo! E já passou,  quando um de nós ou quando o amor chegou.

Versos do dia

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Poema: Beijo Poeta: Jorge de Sena

De que me rio eu? Eu rio horas e horas (António Patrício)

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De que me rio eu?... Eu rio horas e horas  só para me esquecer, para me não sentir.  Eu rio a olhar o mar, as noites e as auroras;  passo a vida febril inquietantemente a rir.  Eu rio porque tenho medo, um terror vago  de me sentir a sós e de me interrogar;  rio pra não ouvir a voz do mar pressago  nem a das coisas mudas a chorar.  Rio pra não ouvir a voz que grita dentro de mim  o mistério de tudo o que me cerca  e a dor de não saber porque vivo assim. Quem vê teu riso, não imagina a dor que se esconde atrás dele! Rir para não chorar... Quem nunca?! Todos usam máscaras para esconder os verdadeiros sentimentos mas é bom as vezes chorar pois só assim descobrimos que, como diria Sérgio Jockyman, " O   riso diário é bom, o  riso habitual é insosso e o riso constante é insano".

Versos do dia

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É assim... e tu bem sabes. Poema: O teu riso Autor: Pablo Neruda

Vai-te, Poesia! (José Gomes Ferreira)

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Vai-te, Poesia!  Deixa-me ver a vida  exacta e intolerável  neste planeta feito de carne humana a chorar  onde um anjo me arrasta todas as noites para casa pelos cabelos  com bandeiras de lume nos olhos,  para fabricar sonhos  carregados de dinamite de lágrimas.  Vai-te, Poesia!  Não quero cantar.  Quero gritar!